Veterinários de Santa Catarina utilizam o tratamento de células-tronco, retiradas do plasma do sangue, para a recuperação de lesões animais. O material utilizado é do próprio animal, conforme os profissionais do projeto.
De acordo com a veterinária Patrícia Arruda, de Florianópolis, o tratamento utiliza células-tronco do próprio animal. O sangue é retirado, passa por uma centrífuga, num processo de separação das hemáceas e do plasma, rico em plaquetas e células-tronco, segundo a veterinária. Em seguida, o plasma é aplicado no local da lesão.
A administradora Maria Cristina de Souza, dona da cadela Dara, diz que após a primeira aplicação já notou melhora no movimento das patas do animal, que, por conta de uma hérnia de disco, não mexe as patas traseiras e se arrasta. “Eu notei melhora, um pouquinho, mas como já acompanho há dois anos, dá pra perceber”, comenta a administradora.
Segundo a veterinária que faz o tratamento de Dara, este procedimento é comum para tratar articulações, quadril e joelhos. “Quando o animal é pequeno, é comum ter lesões de joelho, patela solta, por exemplo. Nestes casos tenho tido bastante sucesso”, comenta a veterinária.
As sessões de transplante de célula tronco são realizadas uma vez por mês. O cachorro Pingo já passou por quatro e já mostra o resultado. Ele não movimentava as patas traseiras por conta de uma lesão na coluna, e depois das sessões consegue ficar em pé, sinal de que o tratamento está funcionando. “Ele ainda não tem força, mas o fato de mexer as patas, e ficar em pé, já traz esperanças”, explica a veterinária.