Um grupo de cientistas americanos defendeu a experimentação com animais, durante reunião da categoria em Washington, afirmando que permitiria salvar vidas.
Os pesquisadores participaram da conferência anual 2011 da Associação americana para a Promoção da Ciência (AAAS), o maior simpósio científico mundial, para defender a prática.
A experiência com animais permitiu “avanços maiores na pesquisa que melhoraram a qualidade de vida” dos homens, afirmaram.
“Parar isto significaria não podermos mais fornecer tratamentos e cuidados nos prazos oportunos. Isto quer dizer: muitas pessoas vão morrer”, afirmou à AFP Stuart Zola, da Universidade Emory, que abriga um importante centro de pesquisa sobre primatas.
Os testes em animais permitem, entre outros, trabalhar com tratamentos para doenças como o diabetes ou a Aids, e são utilizados como parte da pesquisa sobre células-tronco, segundo os pesquisadores.
Destacaram o fato de que estas práticas são objeto de regras draconianas nos Estados Unidos.
Segundo Stuart Zola, as organizações subvencionadas pelo Estado devem zelar exaustivamente pelos animais e “até mesmo para um único roedor, todos os protocolos devem ser examinados” e validados por comissões de especialistas.
Dezenas de milhões de animais são utilizados a cada ano no mundo com objetivos experimentais. Estes testes são criticados por organizações de defesa dos animais, que pressionam os laboratórios científicos, apelando, às vezes, ao boicote de produtos assim fabricados.
“Mas o recurso às experiências com animais é, às vezes, indispensável, como para cuidar da hepatite C”, explicou John Vandenberg, do Centro Nacional de Pesquisa sobre os primatas do sudoeste, com sede no Texas.
“Há uma verdadeira falta de informações no mundo sobre a origem dos tratamentos e das vacinas”, lamentou.