Sorocaba – Independente da escolha – compra ou adoção – saiba que um animal de estimação não é um produto. Ele precisa de cuidados, atenção e carinho. E, mais importante, animais, assim como o ser humano, crescem e apresentam necessidades de acordo com suas fases de vida.
Por isso mesmo, o Procon Sorocaba dá dicas para que o consumidor interessado em ter um animalzinho de estimação, faça sua escolha de modo a acertar o máximo possível. E o primeiro critério para o sucesso nessa relação com um pet, é a consciência acerca do que ele significará na vida de toda a família.
Na hora de levar um bichinho para dentro de casa, seja comprando ou adotando, é bom atentar para questões como o gosto pela posse do animal; assim é importante saber se todos os membros da minha família possuem simpatia ou querem ter animais de estimação.
De acordo com o chefe de Divisão do Procon-Sorocaba, José Antonio de Oliveira Junior, deve-se levar em conta se o animal terá companhia durante grande parte do dia, seja de uma pessoa ou de outro animal e pensar bastante sobre o impacto que um novo membro vai causar no orçamento doméstico. “Animais exigem alimentação de boa qualidade, vacinas, medicamentos, consultas veterinárias e até mesmo higiene”, exemplificou.
Outro fator importante é que o espaço onde o animal vai ficar deve ser proporcional a sua necessidade para correr, brincar, se exercitar. “Um cão vive de 8 a 15 anos em média e um gato pode viver até 20 anos. Então, a pessoa que resolver adotar ou comprar um bichinho, deve, realmente, ter disposição para um novo amigo com quem ficará por muito tempo. Um animal é para toda a vida”, comentou Junior.
Se for comprar
Para evitar a aquisição de filhotes com problemas de saúde, verifique se a loja está funcionando regularmente e se ela fornece os documentos que devem acompanhar o animal: carteira de vacinação, o atestado médico veterinário e o pedigree, que garante a raça.
Nos chamados ‘petshops’, o consumidor tem o direito de solicitar, além de recibo ou nota fiscal, a elaboração de um contrato, onde constem no mínimo os seguintes itens: Informações gerais sobre o animal como origem, nome, idade, peso, sexo, raça, cor predominante, sinais identificadores, o pedigree, principalmente cães e gatos, bem como o prazo para entrega do certificado de origem que possa garanti-lo e a relação e comprovação de vacinas que já foram ministradas e o cronograma das demais, entre outros.
Ao adquirir bichos de estimação em feiras, praças e exposições, não deixe de exigir a nota fiscal com identificação do nome e endereço do fornecedor, pois havendo problemas com o animal e se a feira não estiver mais no mesmo local da compra, você terá como encontrar o vendedor.
Saiba que nas compras fora de lojas, o consumidor pode desistir da compra no prazo de sete dias sem que seja necessário haver algum motivo.
É importante exigir documento com a descrição do bichinho, a data e o valor pago.
Se for adotar
Caso a opção seja adotar um bicho de estimação, o interessado poderá buscar o Centro de Zoonoses ou uma das várias Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com este tipo de causa e que podem auxiliar no encontro de um novo amigo.
Mas, tanto num caso como em outro, as responsabilidades acerca da criação de bichos de estimação são as mesmas. Ao criar animais de estimação, a pessoa tem a obrigação de recolher as fezes nas ruas durante os passeios, o animal deve ser contido adequadamente com coleira, guia e focinheira, no caso de animais potencialmente agressivos, ou até caixa de transporte quando isso exigir; manter higienizados os locais onde os pets ficarem e lembrar que a vacinação contra raiva é obrigatória.
Segundo o Procon, em alguns municípios, como São Paulo, por exemplo, é obrigatório o Registro Geral Animal (RGA), que é a carteira de identidade do animal.
“Amicão”
Vários estudos comprovam que animais domésticos são um grande apoio na prevenção de algumas doenças, na minimização de efeitos de outras tantas instaladas e auxiliam muito no tratamento de pessoas portadoras de deficiência neuromotora, por exemplo.
Cães e gatos podem ser redutores de estresse e fazem companhia, influenciando positivamente na saúde humana; melhorando a pressão sanguínea e diminuindo os riscos de doença cardiovascular. Fornecem apoio em períodos de transição da vida como casamento, mudança de casa, de carreira, de cidade e até mediante o nascimento de uma criança.
Auxiliam pessoas com deficiências de motricidade, de audição e visão, aumentando a assertividade, a sensação de independência.
Os animais também servem de suporte para deficientes mentais, autistas, portadores de Alzheimer, idosos, melhorando a qualidade de vida, ajudando a reduzir o sentimento de isolamento, solidão e estresse, aumentando a motivação e facilitando atividades saudáveis como andar, brincar e se relacionar. Contribuem também como suporte em terapias como nas prisões, escolas e enfermarias. Os terapeutas têm usado animais para uma variedade de propósitos de tratamento clínico, ensinando novas habilidades como andar, falar e implementar comportamentos sociais apropriados.
Na maioria dos casos, os benefícios psicológicos da posse de animais sobrepõem os riscos de transmissão de doenças. Simples precauções podem evitar o risco de transmissão de zoonoses, como bloqueio de contato fecal-oral (no caso de gestantes) e cuidados na limpeza de banheiros e maternidades. Outras precauções são: lavagem das mãos de forma cuidadosa depois do contato com animais, vermifugação dos animais de estimação com periodicidade e supervisão das interações entre animais e pessoas vulneráveis.