PremieR pet orienta cuidados com os pets em enchentes.
Verão virou sinônimo de catástrofes em vários estados brasileiros e o cenário se repete a cada ano: excesso de chuvas, alagamentos, deslizamentos de terra, pessoas desalojadas e vidas perdidas. A população sofre e os animais de estimação padecem junto com seus donos. Indefesos, muitos cães e gatos se perdem, adoecem, ficam sem abrigo e não sobrevivem à força das águas.
Diante dessa triste realidade, é importante redobrar a atenção e cuidados com os pets, especialmente se ele teve contato com água de enchentes. Confira as orientações da médica veterinária da PremieR pet, Keila Regina de Godoy.
– Em caso de situações de emergência, os animais devem ser tirados da área de risco junto com seus donos. Se isso não for possível, as autoridades locais devem ser acionadas para ajudar (Defesa Civil, Bombeiros e até ONGs de proteção animal).
– Quem mora em região com risco de alagamento, deve evitar manter o animal preso à correntes. Além de comprometer sua qualidade de vida, esta prática impede que ele consiga se defender em caso de enchentes.
– Em regiões de chuva intensa, a ração deve ficar estocada em local alto, seco e arejado, pois a umidade excessiva causa alterações que comprometem a qualidade do alimento.
– Jamais se deve permitir que um animal beba água de alagamento, pois pode estar contaminada.
– Alimentos que tenham tido contato com água de enchentes devem ser descartados.
– Utensílios que tenham entrado em contato com a água contaminada das enchentes devem ser adequadamente higienizados com água e sabão e posteriormente colocados em imersão em uma solução desinfetante: diluir 1 copo de água sanitária em 4 copos de água e deixar os utensílios imersos por pelo menos 1 hora para descontaminação.
– Se um animal teve contato com água contaminada, é recomendada a higienização imediata com banho e secagem adequada, o que ajuda a evitar doenças de pele e ouvido.
– Deve-se observar a presença de possíveis lesões cutâneas, fraturas e outros processos traumáticos, bem como alterações na colocação de pele, secreções, olhos e fezes. Em caso de alteração é importante levar o animal ao médico veterinário.
– Caso o animal não apresente nenhum sintoma clínico aparente, água e alimentação devem ser oferecidas normalmente.
– Um animal assustado pode apresentar oscilações de apetite e dúvidas sobre onde fazer suas necessidades. Os proprietários não precisam se alarmar, mas se o comportamento persistir é indicado passar pela avaliação de um médico veterinário.
– Cuidado com a leptospirose, doença transmitida através do contato com a urina e fezes de ratos. Cães e gatos podem ser infectados e ainda transmitir a doença para humanos e outros bichos de estimação por meio do contato com urina, água, utensílios contaminados e o próprio sangue. Enquanto gatos não apresentam sintomas clínicos, os cães podem apresentar: febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas com coloração variando de amareladas a alaranjadas, pele amarelada, urina escura e até dor muscular. Em alguns casos de infecção leve, os sintomas podem demorar a aparecer, dificultando o diagnóstico. Na evolução da doença, observa-se insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele e hematomas pelo corpo, bem como úlceras na boca e língua.
– Se o pet teve histórico de contato com água contaminada, ou se, mesmo não o tendo, apresenta os sintomas relacionados acima, é imprescindível que seja levado a um médico veterinário.
– Mantenha a vacinação do pet sempre atualizada. As vacinas múltiplas que previnem as principais doenças infecciosas são extremamente necessárias e podem salvar a vida do animal em caso de enchentes. Nos filhotes, podem ser feitas a partir dos 45 dias. Para os adultos, a revacinação deve ser feita anualmente. Em animais que vivem em áreas expostas a alagamentos, à presença de ratos e ao contato com esgotos, a vacina contra leptospirose deve ser administrada semestralmente.
– Não abra mão desses cuidados que podem salvar a vida do seu amigo!