Mais conhecida como “doença do carrapato”, a erliquiose é uma infecção gravíssima transmitida por carrapatos contaminados por bactérias do gênero Ehrlichia. Várias espécies de carrapatos podem transmitir a doença, mas o principal vetor é o carrapato marrom do cão (Rhipicephalus sanguineus), facilmente encontrado em meios rurais e urbanos. O carrapato infecta-se ao ingerir o sangue de animais contaminados e posteriormente transmite a bactéria ao parasitar cães saudáveis e, mais raramente, os gatos.
De acordo com o médico veterinário Ricardo Lopes, do Provet, a bactéria afeta as células brancas do sangue (leucócitos), causando danos profundos à saúde e podendo levar o animal à morte. Entre os problemas desencadeados estão anemia, petéquias, hemorragias, aumento do volume do baço, alterações neurológicas e de comportamento, insuficiência renal, perda de peso, inflamações oculares e baixa de imunidade, o que ainda expõe o organismo do seu pet a outras doenças.
Vários sintomas indicam que seu animal pode estar com erliquiose: perda de apetite, febre, tosse, vômitos, diarréia, hematomas, depressão e dificuldade para respirar. O diagnóstico exato é dado por exames sorológicos como o teste de Elisa ou o PCR (exame de DNA).
O tratamento é eficaz, sendo realizado a partir de medicações específicas, em acordo com o estágio em que a doença foi diagnosticada. Nas fases mais crônicas e na ausência de diagnóstico e tratamento o animal pode vir a óbito.
A prevenção é feita com a aplicação mensal de ectoparasitas, ou seja, medicamentos veterinários específicos que evitam infestação por carrapatos. “Se o seu pet já esteve infestado por carrapatos ou se apresentar qualquer um desses sintomas, é importante levá-lo imediatamente ao médico veterinário para uma consulta”, alerta Lopes.