Cerca de 30 participantes da Puxada, uma festa realizada em Pomerode, partiram para cima dos 14 manifestantes que criticavam o evento – uma prova na qual cavalos puxam peso. Heike Weege foi uma das agredidas. Com uma câmera fotográfica na mão, Bárbara Lebrecht foi empurrada, caiu e fraturou o fêmur. Patrícia Luz se desesperou com o sangue que desceu pelo rosto ao ter a testa perfurada.
Os manifestantes procuraram entrar nos automóveis e fugir. Um caminhão e um grupo de motociclistas tentaram bloquear a saída da rua. O cinegrafista da TVBV Luiz Deluca se protegeu atrás do muro de uma casa. Ele foi agredido por três homens, que quebraram o equipamento de filmagem.
O ataque foi a resposta ao protesto que começou pacificamente cinco minutos antes, em frente a um terreno da rua Ribeirão Souto, que servia de arena improvisada para a puxada de cavalos.
Integrantes das Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), da Associação dos Melhores Amigos dos Bichos (AMA Bichos), Oba Floripa e Ecosul criticavam o uso de cavalos em provas que medem a força do animal. Os animais são forçados a arrastar sacos de areia de até duas toneladas sobre um arado por dez metros em uma pista de terra. De manhã, os manifestantes haviam estendido faixas e cartazes com frases de repúdio.
Antes da reação, o clima era tranquilo. Mesmo com o sol forte, perto das 13 horas cerca de 200 pessoas disputavam o melhor lugar à sombra para assitir à quinta rodada do evento, organizado pelo Clube do Cavalo. Havia 25 participantes de Pomerode e oito de cidades vizinhas, que levaram 60 animais para a disputa.