O uso de supercomputadores pode acabar com a necessidade de que alunos dissequem animais nas escolas e universidades da Índia. Uma comissão da Universidade de Grants pretende que cada instituição poupe a vida de milhares de animais por ano através da adoção de programas de simulação. A mudança de paradigma evitará que algo em torno de 19 milhões de animais sejam mortos por ano em estudos no país.
Como simular uma vida num computador? A solução é a criação de um software que contenha as instruções necessárias. Uma programação eficiente pode gerar uma ferramenta que, fazendo uso do poder de processamento da máquina, possa simular o comportamento do sistema digestivo de um sapo, por exemplo, poupando o de verdade da morte em laboratório.
O projeto tem o apoio da PETA (“People for the Ethical Treatment of Animals” ou “Pessoas em prol do Tratamento Ético dos Animais”, em tradução livre). A organização estimula o debate no país, patrocinando campanhas e ações que demonstram que novas formas de se estudar podem ser tão eficientes quanto as práticas comuns. Além do uso de supercomputadores, são incentivadas alternativas como modelos sintéticos dos animais.
A crescente escala da supercomputação, a ponto de deixar as máquinas mais baratas e acessíveis, permite que estudos que antes ficavam confinados às fórmulas matemáticas e ao poder de observação dos cientistas sejam rodados virtualmente. E as possibilidades são muitas: existem, por exemplo, supercomputadores na Europa que simulam o comportamento dinâmico de galáxias.