Independente por natureza, a calopsita não gosta de viver engaiolada. A menos que o dono a acostume desde filhote assim, presa. Mas, no caso, se um dedo atrevido se insinuar por entre as grades para arriscar um carinho em seu topete, é de esperar uma boa bicada. “O comportamento da calopsita reflete o tratamento que ela recebe”, explica Marta Brito, veterinária de São Paulo.
“Se ninguém lhe dá atenção, ela fica nervosa mesmo e pode até atacar.” Daí a fama de hostil. No entanto, se o dono tiver paciência para treiná-la, vai se surpreender com suas habilidades. Mais do que cantar e assobiar, algumas até aprendem a falar, tal sua capacidade de imitar sons. Para que ela circule pela casa sem perigo de voar para bem longe, é preciso cortar a parte interna de uma das asas – procedimento que, bem entendido, só o veterinário pode fazer. E então, no máximo, ela vai ensaiar pequenos vôos rasantes.
A calopsita – que normalmente tem pelagem branca, amarela ou cinza – vive em média dez anos. Os cuidados que ela requer são básicos. “Em geral, basta uma visita anual ao consultório”, diz o veterinário Celso Martins, especialista em aves. Isso, em parte, explica por que anda cada vez mais comum ver gente desfilando por aí com a ave encarapitada no ombro.
Cuide bem da sua calopsita
· Providencie uma bacia de barro envernizado, com 5 cm de altura e 15 cm de diâmetro, para o banho.
· Lave diariamente o viveiro, o bebedouro e o comedouro com água e sabão
· Se quiser que sua calopsita fique solta, evite objetos pequenos e brilhantes espalhados pelo caminho, porque eles despertam a sua curiosidade e acabam ingeridos.
· Um é pouco, dois é bom. Sua calopsita vai gostar de ter uma companheira para não se sentir solitária.
· Ofereça ração para aves (existe uma exclusiva para a calopsita), além de frutas e legumes crus.