Bichos de estimação passeiam pela rua, andam de carro e são atração em sorveteria
Os Bettanin não se separam de suas calopsitas. O casal de aves australianas vai para cima e para baixo, no ombro ou na direção do carro de Paulo e Ana Norma, 75 e 71 anos, respectivamente. Dono de uma sorveteria localizada em frente à Igreja São Pedro, em Porto Alegre, Paulo coloca o macho Sheik, de dois anos, sobre o ombro toda manhã e faz de três a quatro quilômetros de passeio. À tarde, se move com a mulher, Sheik e a fêmea Kika, de cinco meses, no carro da família até a sorveteria. Lá, os bichos viram atração da clientela.
Eu aconselho às pessoas de idade a pegar um bicho desses. É uma companhia maravilhosa afirma Paulo.
A escolha pela calopsita surgiu depois que o casal conheceu o animal de estimação de um amigo. Acharam a ave dócil e companheira.
Tem gente que gosta de cachorro, de gato, de tigre brinca Paulo. Mas a gente não gosta de ter um bicho preso num apartamento.
As calopsitas passam o dia soltas. Começam cantando assim que clareia, pelas 6h. Depois, no caminho para a sorveteria, que funciona das 12h às 20h, os assobios vão longe por onde os Bettanin passam. E cada ave tem o seu estilo de cantoria.
A fêmea só faz alarido. O macho canta mesmo, mas não fala, só assobia.