Assim como acontece com os humanos, com a chegada do frio os animais ficam mais suscetíveis a doenças e muitos são infectados pela gripe, também chamada de tosse dos canis, doença infecciosa respiratória que ataca cães de todas as raças e idades, principalmente filhotes e idosos, que possuem o sistema imunológico mais debilitado.
Altamente contagiosa, a gripe canina pode ser transmitida por contato direto com cães infectados, secreções respiratórias e por contato com objetos contaminados. Quando uma pessoa tem mais de um cão e um deles contrai a gripe, todos os outros acabam ficando doentes, como se fosse uma gripe humana.Portanto, os donos dos animais devem isolá-los, não compartilhar brinquedos e nem alimentos.
Tal como na gripe humana, os principais sintomas nos cães são tosse seca, que costuma piorar com exercícios físicos e agitação, e secreção nasal. Em casos mais graves o cão pode apresentar secreção nos olhos, coriza, falta de apetite e febre. Nos filhotes e nos animais mais debilitados o quadro pode evoluir para uma pneumonia e levar o animal ao óbito. São poucos os cães que morrem de gripe canina. Cerca de 80% deles se recuperam bem. A dica para essa época do ano é evitar lugares em que há concentração de animais, pois a probabilidade de transmissão da doença é maior, como canis, pet shops e parques.
Por isso, a prevenção é o melhor remédio. A vacina intranasal protege o cão da gripe canina, pois confere proteção contra os principais agentes causadores da gripe. Animais a partir de três semanas de vida já podem ser vacinados. A revacinação anual é recomendada para animais expostos ao risco de infecção e para os que vivem em locais onde o número de casos da doença é grande.
Andrea Bonates é Médica Veterinária formada pela Universidade Federal Fluminense e gerente de Produtos da Intervet/Schering-Plough Animal Health