Apesar da aparência jurássica, o iguana não tem comportamento agressivo, a não ser que se sinta ameaçado. “Aí pode até usar a cauda como um chicote, além de arranhar e morder”, alerta a bióloga Paola Antoniassi, de São Paulo.
A reação intempestiva virá se o bicho for manuseado de forma brusca. Crianças, portanto, não combinam com essas criaturas primitivas.
Importante: o réptil deve ser adquirido de um criadouro autorizado pelo Ibama. O órgão exige que ele venha com um microship cujo número de registro deve coincidir com o que consta em sua nota fiscal.
Em relação às doenças que os animais transmitem para o homem, o maior risco, no caso, é a salmonelose, infecção por bactéria que provoca diarreia e vômitos. “Para prevenir o transtorno, mantenha o terrário limpo, lave as mãos depois de tocar no bicho e leve-o ao veterinário para livrá-lo de desnutrição, pneumonia, problemas de pele e estômago”, recomenda o especialista Roberto Fecchi.
Tudo de que um iguana precisa é um terrário ideal: com um bom sistema de aquecimento e luz ultravioleta. “Isso é importante para seu metabolismo funcionar direito”, justifica o veterinário Rodrigo Teixeira. Já a luz ultravioleta ajuda a fixar a vitamina D.
A umidade ideal deve estar entre 70% e 80%. Para controlá-la, compre um medidor. Se o dispositivo acusar que a umidade está abaixo do recomendável, borrife água no ambiente.
Quanto ao cardápio do réptil, é variado e pouco convencional. “Insetos – como tenébrio, grilo, barata – e até filhotes recém-nascidos de rato devem ser oferecidos duas vezes por semana, em dias alternados”, recomenda Teixeira.
Mas o iguana também pode se deleitar com uma ração específica, complementada com frutas, verduras, legumes, ovo ou carne, em dias alternados, acrescenta a veterinária Paola Antoniassi. O bichinho também gosta de rosas, mas nada de colhê-las no jardim. Só lhe dê para comer aquelas que são vendidas em lojas especializadas. Vale o mesmo para os insetos.
Ficha técnica
Nome científico: Iguana iguana
Nomes populares: Iguana, iguana-verde, camaleão, sinimbu
Origem: América do Sul. Vive em regiões variadas, desde as tropicais até as desérticas. É muito comum no México.
Tamanho: Pode chegar aos 2,50 metros, mas no Brasil não costuma ultrapassar 1,80
Coloração: Varia de verde-limão até marrom-acinzentado
Expectativa de vida: 15 anos