Que tal adotar uma onça, um macaco, um pinguim ou qualquer outro animal do Zoológico de Bauru? Calma. Não se trata de levar o bicho para casa, mas sim uma adoção simbólica na qual o interessado, seja empresa ou pessoa física, contribui mensalmente com um determinado valor para ajudar no custeio dele, que continuará vivendo no parque e em exposição pública. Pois é o que o zoo, que em 2010 completa 30 anos, está prestes a concretizar.
Trata-se do programa de adoção dos animais do parque, instituído por lei municipal em maio de 2008. Em contrapartida, quem adotar um ou mais bichos do zoo tem a possibilidade de publicar, nas placas de identificação dos animais, mensagens de sua preferência, como a publicidade de produtos de empresas ou simples mensagens ecológicas. O Jornal da Cidade apurou que o primeiro animal do zoológico a ter despertado o interesse da adoção é um mico-leão-dourado.
Segundo o diretor do parque, o zootecnista Luiz Pires, o objetivo do programa é criar uma nova fonte de recursos para o Zoológico de Bauru, já que o Fundo Municipal de Manutenção e Ampliação do Zoológico (formado pela arrecadação na bilheteria e o aluguel do espaço da lanchonete) não garante dinheiro suficiente para as atividades gerais da instituição.
“Desde que nós criamos o Fundo, os gastos diretos da Prefeitura com o zoo são com a alimentação dos animais e com o pagamento dos funcionários. Com o programa de adoção, haverá possibilidade de se cobrir mais gastos como a construção de novas, instalações, reformas, aquisição de materiais e medicamentos de uso animal”, aponta Pires.
Nos últimos meses, somam-se a esses custos os gastos extras gerados com o problema do assoreamento da lagoa do parque. Por exemplo: com a diminuição da quantidade de peixes na lagoa, o zoo tem de comprar pescado congelado para alimentar alguns dos animais. Mais informações pelo telefone 3203-5229.
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Contribuição está atrelada à alimentação
Os interessados em adotar animal do Zoológico de Bauru podem escolher um único bicho ou um lote deles. Luiz Pires, diretor do parque, explica que na adoção de um lote o preço por animal é menor que na adoção individual. Os critérios para a definição dos preços da contribuição, que é mensal, são a visibilidade que as placas podem ter de acordo com o interesse geral nas espécies e o custo com a alimentação de cada animal.
O contrato de adoção é anual, renovável por mais um ano. Nesta semana, o primeiro interessado em adotar um animal do zoológico fez o requerimento à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma). O nome do interessado deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Município. Assim, outros possíveis interessados na adoção do mesmo lote poderão concorrer, se for o caso.
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800 animais
Com uma área total de 19 alqueires (cerca de 45 campos de futebol), o Zoológico Municipal de Bauru conta com cerca de 800 animais de 215 espécies diferentes, entre répteis, aves, peixes e mamíferos.
Inaugurado em agosto de 1980, o Zoológico de Bauru é reconhecido nacionalmente pelos casos bem sucedidos de reprodução de animais em processo de extinção. Também merecem destaque os trabalhos em educação ambiental, como os cursos de férias para crianças.