Como segundo colocado no ranking mundial na comercialização de produtos para animais de estimação, o Brasil aposta na criatividade e inovação, para tomar a dianteira desse negócio que gira algo em torno de US$ 73 bilhões/ano.
Diante dos avanços econômicos que o país vai conseguindo, diversos setores que já fazem parte da economia nacional passaram a crescer em ritmo acelerado, ao mesmo tempo em que outros, como os pets shops, ou lojas de produtos para animais, que até então eram latentes ou mesmo inexistentes, surgem com uma força de expansão mercadológica invejável.
Estima-se que 63% das famílias das classes A e B possuam animais de estimação e que na classe C isso esteja em torno de 64%, ou seja, o número de animais aumenta num ritmo proporcional ao de pessoas. O Brasil situa-se na terceira colocação mundial em número de animais de estimação. Criamos assim, a necessidade de cuidá-los melhor, com o intuito de preserva-lhes a vida e dar-lhes longevidade, onde muitas pessoas vêem nesses animais a possibilidade de confiar na vida e seguir em frente, pois, a relação entre as pessoas infelizmente se deteriora a cada dia.
De olho na fatia desse novo mercado, os empreendedores estão levando esse segmento a um crescimento de 17% a.a, desde meados de 95, o que chegou a movimentar algo em torno de US$ 1,5 bilhões/ano. Em 2010, a taxa de crescimento do setor esteve na casa dos 8,5%, superando o ano anterior, sendo que para 2011, espera-se mais ou menos 4,5% a 6,5% e o faturamento em torno de US$ 11,5 bilhões. O ritmo de crescimento só deve expandir-se para os próximos anos e a taxas maiores que o PIB nacional.
A rede negócios pode tornar-se muito mais ampla, pois, além da comercialização de materiais e rações, para os “bichanos” e “caninos”, os animais exóticos também entram na lista. O país aposta na criatividade para tomar a dianteira desse promissor mercado. Os pets contam com banhos especializados, como o ofurô, massagens, tosas e até terapias calmantes e anti-stres. O nível de consumo de rações também é impressionante, onde uma pesquisa mostra que se consome mais ração para cães e gatos do que feijão. A gama de acessórios oferecidos é cada vez mais sofisticada e abrangente, onde se paga R$ 1,50 por uma bolinha ou até R$ 5.000,00 por uma coleira com brilhantes. Aliado a isso, vem os avanços da Medicina Veterinária, com diversas especializações, como oncologia, oftalmologia e muitas outras que surgem de pesquisas encabeçadas por aqui mesmo.
Com mais ou menos 25.000 pet shops espalhados pelo país, as redes de supermercados também buscam agarrar parte dessa rica fatia, mostrando que é um ramo forte e que, capacitando pessoas, usando as ferramentas da poderosa internet, criando um marketing específico, o empreendedor nacional tem nas mãos uma possibilidade imensa de gerar inúmeros empregos, onde se necessitam dos mais variados profissionais.
Em tempos de economia globalizada, fica fácil, para um país que tem no sangue a criatividade para os negócios, tornar-se Líder absoluto naquilo que faz. O sangue empreendedor está em absoluto nas veias do brasileiro, um verdadeiro empreendedorismo animal. Como disse o Max Geringher: “Um país só será forte, quando tiver empresários fortes”.