Brasília – Os diversos segmentos ligados à criação de animais de estimação já podem ser considerados parte de mais um setor do agronegócio brasileiro, a chamada “cadeia pet”, cujo faturamento cresce entre 4% a 5% ao ano e deve fechar 2012 com receita da ordem de R$ 13 bilhões.
Representantes dos criadores, órgãos de governos, e das indústrias e revendas de ração, medicamentos e produtos de higiene e beleza participaram nesta terça-feira da instalação da Câmara Setorial de Animais de Estimação do Ministério da Agricultura, que será responsável pela definição de uma estratégia para o setor.
O presidente da câmara setorial e da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson de França, disse que as duas prioridades do setor para o próximo ano serão a questão do marco regulatório para a criação de animais e a carga tributária de 49,9% que pesa para setor, “que é considerado supérfluo”. Ele afirmou que metade do preço pago pelo consumidor na compra da ração refere-se à incidência de ICMS, IPI e PIS/Cofins.
As estimativas da Abinpet sobre animais de criação aponta a existência de 35,7 milhões de cachorros, 19,8 milhões de gatos, 25 milhões de peixes, 18,5 milhões de aves, além de 2,1 milhões de outros bichos, como coelhos e tartarugas. No caso dos cães e gatos, o Brasil é considerado o segundo maior plantel do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos.
José Edson de França lembrou que a balança comercial da cadeia pet é superavitária, com exportações da ordem de US$ 162 milhões em ração no ano passado, enquanto as importações somaram US$ 6,792 milhões. Segundo ele, mudanças nos marcos regulatórios podem viabilizar as exportações de aves criadas em cativeiro, um segmento que tem grande potencial, em especial com a arara azul.