Dados do Ministério da Saúde apontam que de 2007 a 2010 foram notificados 1274 casos de leishmaniose visceral em humanos no Estado do Pará, sendo o 5º Estado com maior número de casos humanos no Brasil
No início de junho, Médicos Veterinários de Belém/PA participaram da palestra “Leishmaniose Visceral: Como Enfrentar esse Desafio”, doença de grande importância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade. Na oportunidade, Andrei Nascimento, Médico Veterinário e Gerente Técnico da Intervet/Schering-Plough Animal Health apresentou a importância de utilizar coleiras impregnadas com deltametrina a 4% nos cães, princípio-ativo repelente e inseticida, recomendado pela Organização Mundial de Saúde como uma das ferramentas auxiliares na prevenção da leishmaniose.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan / Ministério da Saúde, de 2007 a 2010 foram notificados 1274 casos de leishmaniose visceral em humanos no Estado do Pará, sendo considerado o 5º Estado com maior numero de casos humanos no Brasil. “Ainda há muita carência de informação sobre a leishmaniose visceral nas diversas cidades brasileiras, até mesmo no Estado do Pará, onde 320 novos casos da doença em humanos são diagnosticados anualmente em mais de 50 municípios da região sendo, boa parte deles localizados próximos a Belém. Por isso, promovemos a palestra para ressaltar a importância da prevenção, já que o cão é a principal fonte de infecção e reservatório da doença no meio urbano e, quando diagnosticado com a doença, deve ser eutanasiado, segundo as orientações do próprio Ministério da Saúde”, ressalta.
Alguns dos municípios do Estado do Pará considerados endêmicos para a leishmaniose visceral são: Cametá, Moju, Tomé-Açu, Barcarena, Conceição do Araguaia, Bujaru, Santarém, Abaetetuba, Acará, Igarapé-Miri, Oeiras do Pará, Mocajuba, São Domingos do Capim, Baião, Tailândia, entre outros.
A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas anualmente.
Apesar de classificada como doença de caráter rural, a boa adaptação do mosquito transmissor à vida urbana tem permitido a rápida expansão da doença no Brasil. Os desmatamentos, processos migratórios e o crescimento desordenado também contribuem para essa expansão e alteração do perfil epidemiológico da doença. “Por isso é de extrema importância adotar medidas preventivas para evitar que o cão seja infectado”, ressalta o Médico Veterinário e gerente Técnico da Intervet/Schering-Plough, Andrei Nascimento. “Pesquisadores estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente, existam 200 cães infectados”, finaliza.
Sobre a Intervet/Schering-Plough Animal Health
A Intervet/Schering-Plough Animal Health, com sede em Boxmeer, Holanda, tem seu foco em pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos para a saúde animal. A empresa oferece aos clientes um dos portfólios mais amplos e inovadores em Saúde Animal, abrangendo produtos de apoio ao desempenho e prevenção, tratamento e controle de doenças em todas as principais espécies de animais na pecuária e animais de companhia. A Intervet/Schering-Plough Animal Health é uma unidade de negócios de propriedade integral da Merck & Co., Inc., com sede em Whitehouse Station NJ, USA. Para obter mais informações sobre a Intervet/Schering-Plough Animal Health acesse: www.intervet.com e www.merck.com.