Quem gosta de passear com seus bichinhos de estimação no carro, deve estar atento à segurança, tanto dos pets como do motorista e dos demais passageiros. Para o transporte de cães e gatos, que representam a grande maioria dos animais domésticos, existem várias soluções encontradas nos pet shops. A maneira mais segura é usar a caixa de transporte presa ao cinto de segurança do banco traseiro, mas tem limite de tamanho e nem sempre é prazeroso para o bichinho. Outra forma correta é o uso do cinto de segurança do animal, que vai ajustado ao cinto do banco traseiro do veículo. E existe ainda a cadeira de segurança, com função semelhante à da cadeirinha de bebê.
Hermes Augusto de Souza e Cláudia Moreira Leal, sócios na Clínica Veterinária Planeta Animal, alertam que é preciso habituar o animal a usar a caixa para que ele fique tranquilo. “Muitas pessoas acabam pegando uma caixa emprestada de algum amigo um dia antes da viagem, sem se dar conta de que não podem simplesmente enfiar o cachorro para dentro”, lembra Hermes. “É preciso comprar uma caixa uma semana antes e habituar o animalzinho a entrar um pouco a cada dia”, aconselha. “Aí ele não se assusta e vai saber que não é algo agressivo e que, da mesma forma como ele entra na caixa, depois vai poder sair.”
As cadeirinhas, assim como as caixas, são para raças pequenas ou médias e para filhotes e têm a vantagem de o animal poder ver o movimento da rua e interagir com os donos durante os deslocamentos. Quanto às caixas, tem para todos os tamanhos, mas o médico veterinário lembra que, por exemplo, a caixa para um cão adulto de raça fila não cabe no banco traseiro de um carro de passeio. “Nesses casos, as pessoas podem contratar uma empresa especializada em transporte ou usar o cinto de segurança”, explica.
Souza lembra ainda que o hábito de dar sonífero para ficarem calmos durante a viagem é prejudicial para os bichos. “O ideal é o animal estar habituado a andar de carro e, em viagens mais longas, é preciso parar a cada hora para o animalzinho caminhar, fazer as necessidades fisiológicas e tomar água”, orienta. “Um animal dopado não faz isso e passa uma viagem ruim”, diz. O veterinário lembra ainda que os donos precisam acostumar os animais às práticas de segurança no carro. “Tem gente que anda com o cachorro no colo nos passeios no Centro da cidade e quer que o animal fique contente preso na caixa ou no banco de trás para viajar”, comenta. “Ele vai querer o colo do dono”.
Carregar o animal no porta-malas, conforme Hermes de Souza, nunca deve ser feito, pois coloca em risco a saúde do bichinho. E, separar a parte traseira do carro com tela de segurança também não é aconselhável, pois o animal fica solto, balança e pode se machucar nas freadas e, eventualmente, em um acidente. “O ideal é sempre manter o animal meio contido”, explica.
Penalidades
• Condução de animais nas partes externas do veículo: multa de
R$ 127,69 e cinco pontos na carteira.
• Dirigir com animais à sua esquerda ou entre os braços e pernas: multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira.
• Distrair-se, segurar ou brincar com o animal com o carro em movimento: multa de
R$ 50,20 e três pontos.