O comandante da 2ª Companhia de Polícia Ambiental (Patram), major Marcelino Seolin, lamenta não ter policiais nem equipamentos para agir em casos de cães perigosos soltos nas ruas de Caxias do Sul.
Segundo Seolin, caso um animal esteja solto na rua e ameaçando pessoas, a ordem é abater o cão.
– Não temos o que fazer. Não temos material para pegá-lo, nem viatura para transportá-lo, nem um canil para acomodá-lo. Só nos resta abater o animal antes que ele ataque alguma pessoa – afirma o comandante.
Mesmo não sendo de sua responsabilidade, a Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde é quem atende a chamados de cães perigosos.
De acordo com o responsável pelo setor, o veterinário Rogério Poletto, no ano passado a equipe registrou cerca de 120 ocorrências de animais ferozes e de grande porte. Mesmo sem o aporte da lei, que designa a Patram para o controle desses animais, a vigilância atua baseada no Código de Posturas. A legislação municipal obriga os proprietários a manter os cães fechados nos pátios e bem tratados.
– Atuamos bastante com educação. Explicamos o perigo que o cão oferece e damos um prazo para o dono adequar a cerca da casa antes de aplicarmos multa. O ideal é que os animais fossem microchipados (como já ocorre em Porto Alegre, onde há lei municipal nesse sentido), pois algumas vezes temos muita dificuldade de encontrar o dono do cão – explica Poletto.
A Sociedade Amigos dos Animais (Soama) de Caxias do Sul não recolhe animais nem atende a chamados de cães perigosos por não serem suas essas responsabilidades e por não ter estrutura. De acordo com o convênio que a entidade mantém com a prefeitura, a obrigação é promover programas educativos e manter os animais que já estão na chácara.