As opções de recreação nos hotéis para cães são inúmeras, mas nada substituiu o cuidado do próprio dono. Mais do que ficar atento à infraestrutura do local onde o animal ficará hospedado, o proprietário deve observar mudanças na alimentação, lembrar-se das vacinas e também analisar o retorno ao lar depois das “férias”, segundo Alexandre Rossi, o Dr. Pet.
– Se a clínica oferece ração, o ideal é que a troca seja feita antes da hospedagem para que o animal não sofra nenhuma indisposição. Além do estresse de estar em um ambiente desconhecido, o cãozinho pode sofrer uma diarreia e ficar suscetível a doenças.
Dr. Pet explica que o cachorro, independentemente da raça, possui micro-organismos no seu intestino, responsáveis pela produção de enzimas. Quando ocorre alguma mudança na alimentação, há um desarranjo, o que acaba abrindo a porta para as bactérias maléficas. Somando ao animal estressado, há uma situação perfeita para o desenvolvimento de doenças.
A responsabilidade, neste caso, é do dono. Se o animal já tiver um histórico de sensibilidade a mudança nos padrões alimentares, valerá mais a pena levar a ração ou a comida com a qual ele está acostumado.
No Cãopestre Park e Hotel, a equipe de veterinários dispõe de uma cozinha onde é possível descongelar a comida trazida pelo dono. A ração também pode ser guardada e oferecida ao animal (o mesmo acontece em outros locais a que a reportagem teve acesso, como o Nosso Lar, no Rio de Janeiro, e o Cãominhando).
S.O.S.
Nestas duas últimas são oferecidas rações de primeira linha, e a troca da alimentação é feita de forma progressiva. Todas as hospedagens consultadas pelo R7 informaram possuir uma rede de assistência médica, com veterinários prontos a atender o animal em caso de emergência.
Antes de escolher onde deixar o seu bichinho, certifique-se de que o estabelecimento também possui corpo clínico ou parceiros que possam prestar atendimento médico 24 horas.
O termo de responsabilidade é algo que o proprietário deve exigir antes mesmo de deixar o animal na clínica. O documento é a garantia das informações prestadas pelo dono do cãozinho, como vacinas e sociabilidade e do serviço oferecido pelo hotelzinho.
Apesar de a maioria oferecer segurança reforçadas nas baias e nos locais de recreação (como muros, telas e supervisão de adestradores), é importante que o documento descreva também as responsabilidades da clínica em caso de morte ou sumiço do animal.
Por último, esteja preparado para o retorno do bichinho para o lar. Segundo o Dr. Pet, alguns cachorros costumam pegar algumas “manias” nos hotéis, além de sentir a falta de companhia.
A sugestão, para evitar a “saudade” dos outros hóspedes, é que o proprietário agende de buscar o animal em uma sexta-feira para fazer a “readaptação” no fim de semana.
– No caso de mudar a ração, é importante que o dono continue dando a mesma que o hotel oferecia. Quando o animal passa a ter contato com outros cães, “aprende” uma nova língua. Usa uma linguagem que aprendeu, o que pode aparentar uma “malcriação” para o dono. O importante é que a pessoa saiba que isso não significa que seu pet sofreu maus-tratos e que a readaptação é necessária.