A raça de cachorro sapsaree, que sofreu com décadas de ocupação japonesa na Coreia do Sul, ficando quase extinta, começa a ressurgir em grande número no país. Eles, que eram mortos por militares japoneses durante o período de colonização japonesa (1910-1945) para a produção de casacos com seu pêlo, são muito valorizados na Coreia por sua lealdade.
O nome sapsaree significa “os cachoros que afastam espíritos do mal e os infortúnios”. No meio da década de 1980, apenas oito exemplares da raça estavam vivos, segundo Ha Ji-Hong, professor da Universidade Nacional de Kyungpook, na Coreia do Sul. E foi graças ao professor que a raça voltou a existir em bom número: ele combinou técnicas de reprodução com avançadas tecnologias de DNA para ajudar a espécie.
“Reproduzir os sapsaree com apenas oito exemplares vivos não foi fácil”, disse Ji-Hong. A raça é uma das três nativas da Coreia do Sul, junto à Jindo e à Poongsan. Os primeiros registros da existência dos sapsaree datam do período entre 37 a.C. e 668 d.C.
O pai do professor montou um canil para proteger os poucos cachorros sobreviventes durante os anos 60, com aproximadamente 30 cachorros vivendo no local. Quando Ji-Hong voltou para o país após estudar nos Estados Unidos, apenas oito ainda estavam vivos.
Após 5 anos de pesquisa e tentativas de reprodução, a população de sapsarees cresceu para 500. Ele e sua equipe pegaram mostras de DNA de cada cachorro para a reprodução.
A equipe utiliza os cachorros para performances para pacientes em tratamento de doenças, em espaços em diversas cidades coreanas.