Também conhecida como “doença do verme do coração”, a dirofilariose canina é uma cardiopatia bastante grave causada pelo parasita Dirofilaria immitis, uma larva que termina de se desenvolver no organismo do cão, explica o médico veterinário Rogério Soila, do Provet. Embora com menor freqüência, os gatos também podem ser contaminados pelo parasita.
Comum em regiões litorâneas e onde existam rios, lagos ou represas, a dirofilariose é transmitida por mosquitos (geralmente da espécie Culex pipiens) que passam a hospedar o parasita depois de picar animais já contaminados.
Depois que as larvas já se instalaram no órgão, surgem os sintomas da doença. Entre eles estão tosse crônica, cansaço, prostração, perda de apetite, língua arroxeada e dificuldades respiratórias.
A prevenção é a melhor proteção que você pode oferecer ao seu cão ou gato. Se o seu pet vai passar apenas uma temporada em região de risco, o ideal é que ele seja levado para consulta um mês antes da viagem. Assim, o médico veterinário poderá determinar o melhor esquema preventivo.
Já os animais que vivem em áreas endêmicas necessitam do preventivo todos os meses. O diagnóstico é feito a partir de avaliação clínica e exames de sorologia ou pesquisa de microfilária no sangue. O médico veterinário poderá solicitar eletrocardiograma e ecocardiograma para avaliar os danos já causados ao coração. Nos casos mais avançados, podem ser necessários outros exames para verificar se as funções hepáticas e renais também foram comprometidas.
A cura da dirofilariose é possível, mas o tratamento é longo e requer acompanhamento freqüente do médico veterinário. Após a cura, o animal deve receber tratamento preventivo para evitar nova contaminação.