Conviver com quem fuma pode trazer sérias consequências aos não fumantes. Mas não somos os únicos a sofrer como fumantes passivos.
Pesquisas comprovam que os animais de estimação que convivem com quem fuma também podem desenvolver doenças respiratórias e pulmonares. Muitas vezes essas doenças podem levar o animal à morte sem ao menos serem diagnosticadas.
“As doenças respiratórias e pulmonares não têm sintomas aparentes de imediato, e muitas vezes são detectadas apenas quando já estão em estado avançado”, alerta o veterinário Carlo Grieco, diretor do Centro de Medicina Veterinária Diagnóstica Provet.
Grieco garante que a única maneira de detectar a doença em seu estágio inicial, quando os tratamentos são mais eficazes, é por meio de exames detalhados.
“Animais que ficam muito próximos a seus donos fumantes, principalmente os de pequeno porte, precisam passar por check ups anuais que detectam esse tipo de problema e possibilitam o tratamento precoce”, explica Grieco.
O veterinário explica que com uma radiografia digital de tórax, por exemplo, é possível ver com clareza os pulmões do bicho. O exame oferecido pelo Provet permite identificar corpos estranhos, alterações e líquidos na cavidade pulmonar.
Um dos efeitos da fumaça nos animais de estimação é a antracose, uma lesão pulmonar formada a partir de poluentes do cigarro, que pode virar câncer pulmonar. Outra enfermidade grave causada pelo cigarro é o linfoma felino, doença considerada a aids dos gatos, que acaba com as defesas naturais dos bichinhos, podendo levá-los à morte.