A esterilização dos gatos é uma prática muito comum. Ela permite evitar, além da reprodução, os incovenientes ligados ao comportamento sexual: as vocalizações na fêmea e a demarcação de território por meio de substâncias odoríferas no macho.
Os gatos castrados ficam mais calmos, saem menos de casa e vivem em média duas vezes mais do que os gatos não-castrados.
No entanto, tanto nos machos como nas fêmeas, a castração tem duas consequências: a necessidade energética básica diminui e o consumo voluntário aumenta 26% nos machos e 18% nas fêmeas.
O corolário é um aumento médio de peso de 26% nos gatos alimentados à vontade após a castração.
Este aumento de peso, que leva finalmente à instalação da obesidade comprovada, está diretamente relacionado com o teor de gordura do alimento. A obesidade tem muitas consequências prejudiciais para a saúde, uma vez que ela multiplica por quatro os riscos de aparecimento de diabetes, por três o de claudicação e por dois o de infecções cutâneas não alérgicas.
Em função do risco da obesidade e do aumento da esperança de vida nos gatos castrados, em longo prazo a castração apresenta outras consequências, tais como o aparecimento de cálculos urinários. Portanto, o ato cirúrgico de esterilização deve ser acompanhado por uma adaptação nutricional. O gato esterilizado deverá receber um alimento com um teor de gorduras limitado em cerca de 10% e uma quantidade de alimentos controlada, de modo a diminuir a ingestão, evitando o consumo exagerado.
Além do mais, a alimentação pode ser oferecida desde as semanas precedentes à esterilização, de modo a preparar o animal, evitando acrescentar o estresse da cirurgia ou de uma mudança de alimentação, que é, portanto, indispensável para diminuir o risco de obesidade.
Bom, o assunto é muito interessante e a nossa dica é sempre a mesma. Procure o médico veterinário para tirar todas as suas dúvidas.
Na próxima edição vamos falar mais sobre nossos amigos cães e gatos. Até lá.