Meu bichinho de estimação sumiu. E agora?

O poodle Branco está há nove anos na família da auxiliar de cabeleireiro de São Caetano Bruna Portioli, 18. No dia 7 de março, a avó de Bruna teve um AVC (acidente vascular cerebral) e foi socorrida de ambulância. “Ficamos preocupados e esquecemos o portão aberto. Quando nos demos conta, o Branco havia sumido.”

Bruna e a família recorreram a um arsenal para tentar achar o amigo peludo: espalharam folhetos com a foto de Branco em postes, padarias e postos de gasolina, avisaram todos os vizinhos do bairro, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses da cidade) e publicaram informações sobre o cão na internet e em redes sociais. “Tenho esperanças de que vamos encontrá-lo”, garante.

A coordenadora dos programas de proteção animal de São Caetano, Andréa Brock, explica que há diversos motivos para a fuga do animal. “Alguns têm medo de fogos de artifício, outros aproveitam descuidos dos donos, que deixam suas residências abertas. Existe uma realidade bem sofrida por trás desses animais perdidos: crianças e famílias que adoecem pelo desespero de não saberem onde eles estão.”

Na região, as prefeituras auxiliam os proprietários de animais sumidos. São Caetano planeja lançar site sobre o tema nos próximos dias. No CCZ há quadro de aviso e livro que reúne informações do bicho e contatos do dono.

Os CCZs de São Bernardo e Ribeirão Pires também possuem quadros de avisos para casos assim. Já em Mauá, as informações podem ser divulgadas no endereço http://dcz-maua.blogspot.com.br. Em Diadema, basta pedir para afixar cartazes no local. As demais cidades não responderam.

É preciso agir rápido para encontrar o pet
Agir rápido é essencial no caso de animais desaparecidos. Essa é a principal dica do detetive particular de Santo André Ricardo Marcondes. Entre uma investigação de caso extra-conjugal e outra, Marcondes auxilia donos desesperados – e dispostos a pagar R$ 2.500 por sete dias de serviço.

“Um animal em boas condições de saúde chega a andar, em um único dia, cerca de 30 quilômetros”, destaca. Por isso, após cinco horas do sumiço, é bom começar a procurar o bichinho pelo bairro.

Marcondes começou a atuar na área motivado por sua paixão por animais e pelo desaparecimento de um de seus cães, que foi encontrado por ele. Seu serviço inclui impressão e distribuição de panfletos, divulgação na internet e sete dias de buscas no entorno de onde o animal desapareceu. “Tudo é filmado e documentado para mostrar ao cliente que estamos realmente procurando seu bichinho.”

Nos últimos três anos, foram 20 casos de animais desaparecidos, sendo que apenas dois não foram resolvidos. O detetive acredita em dois fatores para o sucesso: agir rápido e contar com a sorte.

Por isso mesmo, ele afirma que o melhor é prevenir. “Existem rastreadores que podem ser colocados na coleira do animal, mas são caros. Uma solução barata e eficaz é usar placa de identificação com endereço e telefone do dono”. Simples e evita muita dor de cabeça caso o animal fuja de casa.