Polícia fecha rinha e apreende galos ‘turbinados’ na Serra (Galos de Combate)

Naturalmente acompanho a polêmica em torno desse assunto aqui na PetRede, de um lado os galistas e de outro os protetores, essa notícia me chamou atenção principalmente por causa do último parágrafo onde diz que os galos vão para instituições de caridade, vão virar comida, não estou defendendo ninguém além dos galos, mas é uma situação bem contraditória, no final das contas você não está preservando os galos, não é esse o foco, é simplesmente não deixar que homens coloquem eles pra brigar, é triste isso, pois o que os galista dizem sobre a preservação da raça, baseado na notícia abaixo, é verdade, se depender das autoridades todo galo de combate vai pra panela e sem chances de brigar pela vida.
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Três ringues com arquibancadas de madeira e um corredor formado por grandes gaiolas, semelhante a corredores formados por celas de penitenciárias públicas. Dentro das gaiolas estavam 32 galos fortificados com substâncias utilizadas em equinos e bovinos.

Foi com isso que policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten) se depararam na noite desta quarta-feira (07), na região de Putiri, área rural próxima à Serra-Sede, no município da Serra.

O delegado Lorenzo Pazolini e quatro investigadores procuravam por traficantes de drogas na localidade. A rinha de galos foi descoberta por acaso. Os policiais chegaram à paisana na região por volta das 18h e uma hora depois, conversando com populares, encontraram um sítio onde a rinha estava escondida dentro de um galpão.

Um detalhe que chamou à atenção, segundo o delegado Pazolini, é o fato dos animais terem reagido com muita agressividade à presença dos policiais. “Neste momento fazíamos um vídeo para servir de prova no inquérito policial e os animais estavam muito agressivos, queriam nos atacar o tempo todo”, disse o delegado. O galpão onde as aves foram encontradas fica a 400 metros de distância da casa.

A única pessoa encontrada no local foi uma mulher de 35 anos, que alegou ser empregada doméstica e caseira do sítio. O proprietário, de quem a polícia já fez pedido de prisão à Justiça, não foi localizado até a noite desta quinta-feira (8).

A empregada, que não teve o nome divulgado pela polícia, começou a prestar depoimento às 21h e falou por 40 minutos com o delegado. Lorenzo Pazolini liberou a mulher, que de tão humilde, agradeceu à polícia após o depoimento. “Ficou caracterizado que ela apenas trabalhava no sítio como caseira e que não tinha envolvimento com a exploração dos animais”, disse o delegado.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibma), se forem comprovados indícios de maus tratos nos animais, o dono da rinha de galos pode receber multa de R$ 500,00 a R$ 3.000,00 por ave – dependendo da situação de cada uma. O responsável também pode ser condenado a um ano de prisão.

Instituições de caridade no Espírito Santo são o destino mais comum dos animais, segundo o Ibama. O consumo dos galos é liberado após um período de 90 dias. Uma pessoa foi designada pela Polícia Civil para cuidar dos animais descobertos na rinha de galos, já que o Ibama entrou em greve nesta semana.

Fonte: Gazeta On Line