Apesar de conviver com os irmãos de uma mesma ninhada por várias semanas na barriga da mãe e na fase da amamentação, um cachorro não consegue reconhecer um irmão se encontrá-lo depois de separado de sua família.
Isso não significa, no entanto, que o irmão, com o tempo, se transforme num indivíduo totalmente estranho para um cão, de acordo com o professor Luciano Mendes Castanho, da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC/SP.
Mesmo depois de anos, esse animais são capazes de saber, por meio do olfato, se um outro cão é membro de sua família, mas sem distinguir se uma cadela é mãe ou irmã, por exemplo.
“No caso dos cachorros é possível supor que, durante os primeiros dias de vida, os filhotes de uma ninhada memorizem os cheiros da mãe e de seus irmãos e irmãs”, diz.
Essa capacidade está presente em várias espécies de animais, explica o professor, e tem o objetivo de evitar o acasalamento entre parentes próximos, que podem resultar no nascimento de filhotes com problemas genéticos.