A superpopulação de gatos, aliada à ameaça de dengue, coloca a direção da Unesp de Rio Preto e uma entidade protetora de animais em conflito. Há quatro anos, a Proambi (Protetores do Amigo Bicho) cuida de animais abandonados no campus, oferecendo ração como forma de aproximação para castrá-los e encaminhá-los à doação. Hoje, cerca de 120 vivem no local e pelo menos 600 já passaram pela cirurgia.
Entretanto, a universidade acaba de publicar um comunicado que autoriza a zeladoria a fazer mutirões para retirar alimentos e recipientes com água. “Não somos a favor de maus-tratos. Mas já perdemos o controle dessa população e tivemos registros recentes de criadouros de Aedes aegypti em pratinhos”, diz o diretor em exercício do campus, Vanildo Luiz Del Bianchi.
Voluntários da ONG temem que haja extermínio. “Na semana passada fizemos um boletim de ocorrência de um gato morto”, diz a professora Marlei de Freitas Périco, 48, da entidade. Vanildo comprometeu-se a marcar uma reunião para discutir o caso com a ONG.