Cansados de receber reclamações de moradores sobre donos de cachorros que não recolhem o cocô de seus animais de estimação, gerentes de condomínio nos Estados Unidos estão recorrendo a testes de DNA para identificar os culpados.
Essa é a mais nova estratégia para tentar manter limpos os gramados, corredores, elevadores e outras áreas comuns dos edifícios.
O monitoramento por DNA atingiu resultados imediatos no condomínio Devon Wood, de Massachusetts, onde os funcionários da manutenção diziam encontrar anteriormente diversas pilhas de fezes de animais de estimação toda semana na propriedade.
“Inicialmente, nós não vimos – durante boa parte do mês – nenhuma sujeira, o que nos surpreendeu”,diz Barbara Kansky, que gerencia o condomínio de 398 moradias que introduziu o monitoramento por DNA em julho.
Lembretes bem educados, cartas e avisos anteriores falharam em convencer os donos de animais a observar as regras do condomínio sobre ter de limpar o cocô dos animais, segundo Barbara. Havia problemas até quando moradores “denunciavam” outros residentes por não recolherem as feses dos animais. [quote]”Nós ligávamos ou mandávamos cartas e o dono do cachorro dizia: ‘Prove'”, diz a gerente.[/quote]
Então ela buscou na internet e encontrou o BioPet Vet Lab, especializado em fazer testes de DNA a partir do cocô do cachorro para identificar animais “infratores”.
O serviço é muito simples, de acordo com Eric Mayer, o diretor de negócios da empresa. O primeiro passo é registrar o DNA de todos os cachorros da comunidade coletando amostras de células das bochechas usando um par de cotonetes. O segundo é coletar a amostra de fezes e enviá-la para o laboratório.
Um advogado avisou Barbara que os condôminos podeiram exigir a existência de normas exigindo que todos os donos de animais submetessem seus animais à coleta de DNA. Os donos pagaram uma taxa de US$ 59,90 para o teste de DNA inicial, para o banco de dados. Os testes adicionais, para identificar as fezes, custam US$ 50, além de uma multa de US$ 100 para o infrator. Até agora, um residente foi identificado como culpado.
A moradora Kerry Weidner diz que o serviço transformou a vida no condomínio. “Costumávamos ver cocô de cachorro quase todo dia. Você tinha que se preocupar com o lugar onde iria pisar na grama porque tinha cocô de cachorro em vários lugares”. Agora, segundo ela, essa preocupação não existe mais.
Barbara afirma que agora moradores querem uma forma de identificar quais são os cachorros que fazem xixi nos arbustos. Segundo ela, essa seria uma empreitada muito mais difícil.